terça-feira, 19 de maio de 2009

Viagem pela FOME

Participei do Evento "Encontros ", promovido por O Globo, no qual foi exibido o filme ''GARAPA'' do diretor José Padilha. O diretor participou e após a exibição realizou-se um debate interessante e muito esclarecedor quanto à sua visão em relação ao tema (FOME), posições políticas e intenções com a produção.
O filme é forte, denso , um verdadeiro soco no estômago(vazio)!!!
A opção pelo preto e branco e da imagem granulosa imprimem toda a angústia e aridez do tema: A FOME.
E o documentário é muito bem sucedido, em sua proposta de exibir o tema sob o ponto de vista de quem passa fome. A rotina de privações alimentares de 3 famílias cearenses (que poderiam ser qualquer lugar do Brasil e de diversos países no mundo)é angustiante e não há como não se envolver e tomar partido da situação.
A fome, e toda a miséria escancaradas na telona, geram revolta e reflexão sobre política global e também suscita questionamentos com relação aos programas de transferência de renda.
Como diria Betinho: QUEM TEM FOME TEM PRESSA.
O filme vale a pena como Cinema-reflexão e mostra o rosto e dá nomes (ainda que sem documentos) para três famílias e uma só mazela: A sobrevivência em situação-limite, driblando a fome.

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Aproveitando a crítica cinematográfica relato que assisti também ao documentário ,'Simonal, ninguém sabe o duro que dei', e gostei bastante!!!...
O filme tem uma levada bem dinâmica,depoimentos consistentes,diversificados e bem fundamentados. Os momentos com Simonal cantando, em shows na década de 60, são envolventes e a plateia no cinema se entrega ao ritmo, carisma e suingue marcantes do cantor. O depoimento do ex-contador de Simonal é forte, revelador e tira qualquer tom meramente pró-Simonal, dando voz ao outro lado.
No entanto, independente de julgamentos individuais, condenando ou absolvendo suas atitudes, fica patente que Simonal foi, cruelmente, 'sepultado vivo' pela mídia, sem muitas (na verdade, nenhuma) chances de defesa, talvez, em funçao do viés ideológico do período histórico(ditadura)e também do preconceito racial.

((((((((:-).....Momento besteirol: Quem assistir ao filme, não pode deixar de reparar na camisa furada( na altura do ombro) do crítico musical Ricardo Cravo Albim e também na embriaguez(novidade!!..rs) do genial cartunista Jaguar...heeeehe... IMPERDÍVEL !!!!HAHAAHAAHHA))))))))))))))))))))))))

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